Encontro de reflexão difunde entre alunos campanha de consciencialização pelo fim da violência contra a mulher

A Prefeitura de Ipatinga, por meio da Secretaria de Assistência Social (SMAS), realizou na tarde desta segunda-feira (22), no auditório do Hospital Municipal Eliane Martins (HMEM), o “Encontro de reflexão: tipificação das violências sofridas pelas mulheres”, como parte da programação do Agosto Lilás.

O público-alvo do evento foram alunos do ensino municipal, em especial do 8º ano e do projeto EJA – Educação de Jovens e Adultos. “O objetivo deste encontro foi o de levar o conhecimento da lei, quais são os tipos de violência, como denunciar, as formas de denúncias. Começar por meio da educação é uma forma prática de gerar multiplicadores”, avalia Tatiane Vieira de Faria, gerente de Políticas Públicas para Mulheres.

A abertura foi marcada com um musical oferecido por alunos da Escola de Música TOM, seguindo-se peça teatral que abordou o tema, com alunos da Escola Municipal de Artes Cênicas (EMAC). No encerramento foi disponibilizado um espaço para que os alunos e demais presentes pudessem interagir com Gisely Vasconcelos, Psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), fazendo perguntas e esclarecendo dúvidas.

O evento contou ainda com a participação do advogado Douglas Nunes, integrante da Comissão de “Direito na Escola”. Ele discursou sobre a importância da Lei Maria da Penha.

Agosto Lilás

O “Agosto Lilás” é uma campanha de consciencialização pelo fim da violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 e surgiu da necessidade de inibir os casos de violência doméstica no Brasil. O nome foi escolhido em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu agressões do ex-marido por 23 anos e ficou paraplégica após uma tentativa de assassinato.

“A campanha tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, assim como sobre a Lei Maria da Penha, e divulgar as formas de denúncias. Considera-se o crime de violência doméstica e familiar contra a mulher como sendo qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”, explica Jany Mara Bartolomeu, secretária de Assistência Social do município.

São consideradas violências contra a mulher:

– Humilhar, xingar e diminuir a autoestima: agressões como humilhações, desvalorização moral ou deboche público em relação à mulher constam com tipos de violência emocional;

– Tirar a liberdade de crença: um homem não pode restringir a ação, a decisão ou a crença de uma mulher. Isso também é considerado como uma fonte de violência psicológica;

– Fazer uma mulher achar que está ficando louca: há, inclusive, um nome para isso – o gaslighting (uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida sobre a sua memória e sanidade);

– Controlar e oprimir a mulher: aqui o que conta é o comportamento obsessivo do homem sobre a mulher, como querer controlar o que ela faz, não deixá-la sair, isolar sua família e amigos ou procurar mensagens no celular e/ou e-mail.

“O principal canal de denúncias é o Disque-180, que funciona 24 horas todos os dias, é totalmente seguro, gratuito e sigiloso. Podemos contar também com a delegacia local, que poderá ser acionada presencialmente. Em caso de emergência, a Polícia deve ser imediatamente acionada através do 190”, conclui a secretária Jany Mara.

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