Embora muitos ignorem, o município de Ipatinga, histórico carro-chefe da economia regional e, por isso mesmo, polo de atração de inúmeras famílias vindas de locais de baixa ou inexistente empregabilidade, enfrenta sérios problemas de pobreza instalados em algumas comunidades. Porém, felizmente esta realidade tem sido bastante amenizada nos últimos meses, graças a eficientes mutirões organizacionais realizados no atual governo pela Secretaria de Assistência Social (SMAS). O dado que melhor exprime o impacto positivo deste trabalho é o número de famílias agora beneficiadas com o Auxílio Brasil na cidade, que chega a 16.627. Somente neste mês de agosto, estes lares em vulnerabilidade alcançados pela transferência de renda do governo federal estão recebendo um total de R$ 10 milhões, 65 mil e 692.

Para que se tenha uma ideia de como tem sido importante o esforço da SMAS para dar mais dignidade a este público, por meio de intensos recadastramentos e acompanhamentos regulares nos equipamentos de assistência social, em agosto de 2021 o antigo Bolsa Família injetava cerca de R$ 1,3 milhão em Ipatinga, um valor R$ 8,7 milhões menor que o destinado atualmente.  

O secretário adjunto de Assistência Social de Ipatinga, Mauro Nunes, salienta: “Além de nossas mobilizações, claro que a elevação do Auxílio individual de pouco mais de R$ 400 para R$ 607,72, em média, autorizada pelo Congresso e feita pelo governo federal, contribuiu muito para que tivéssemos esse ganho expressivo nos valores injetados no município. Mas é inegável que essa positiva transferência de renda só tem sido possível, também, porque temos nos empenhado para manter os cadastros do CadÚnico atualizados, como foi uma determinação expressa do prefeito Gustavo Nunes. Só assim as famílias têm acesso aos recursos”.

De acordo com Nunes, somente no período de março a agosto deste ano, a Secretaria de Assistência Social conseguiu regularizar em torno de mil novos cadastros, ampliando significativamente o suporte às famílias em situação de vulnerabilidade.

Além do impacto benéfico na vida dessas pessoas, a elevação do valor do Auxílio Brasil injetado em Ipatinga, de R$ 1.282.509,00 para R$ 10.065.692,00, em comparação com agosto do ano passado, deverá repercutir naturalmente no consumo local. Se antes circulavam pela economia da cidade cerca de R$ 12 a 13 milhões anuais, hoje este valor gira em torno de R$ 120 milhões, com mais acesso à alimentação e diminuição das famílias em situação de extrema pobreza.

Superação da pobreza

Segundo dados da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), ligada ao Ministério da Cidadania, relativos a agosto de 2022, nada menos que 12.915 pessoas superaram a condição de extrema pobreza em Ipatinga. No município, é de 37.253 o número de famílias cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal), instrumento que identifica e caracteriza as famílias em situação de extrema pobreza, pobreza e baixa renda, com direito à concessão dos benefícios do Programa Auxílio Brasil, da Tarifa Social de Energia Elétrica e do Auxílio Gás, dentre outros.

Em Ipatinga, atualmente, são 7.671 famílias beneficiárias do Auxílio Gás, com direito a um valor mensal de R$ 110, o que equivale a um repasse de R$ 843.810,00 pelo governo federal.

As famílias beneficiárias da Tarifa Social de Energia Elétrica, com descontos na conta de luz, totalizam 14.011, o que significa 39.939 pessoas alcançadas ou nada menos que 14,9% da população estimada em 267.333 pessoas.

O município tem, ainda, 5.887 beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), sendo 3.223 com deficiência e 2.664 idosos. Em junho, o repasse feito pelo governo federal, relativo ao BPC, foi de R$ 7,1 milhões.

Cartão +Social

Um dos requisitos básicos para fazer jus aos benefícios sociais de forma regular, além das limitações comprovadas de renda familiar que são acompanhadas sistematicamente para observação do cumprimento de condicionalidades, é residir no município. Contudo, Ipatinga criou também, como mecanismo de apoio a pessoas em vulnerabilidade, o Cartão +Social, para situações de eventualidade sujeitas a análise de técnicos da SMAS.

O secretário adjunto Mauro Nunes explica que “antes, eram distribuídas cestas básicas para cidadãos nestas circunstâncias, mas havia vários problemas, como a demora na entrega, uma qualidade de gêneros que nem sempre correspondia ao objeto da compra”. Com a implantação do cartão, liberado em condições especiais, “no dia seguinte a pessoa já pode ir ao supermercado e comprar aquilo que precisa, ou seja, a pessoa vai comprar exatamente aquilo de que tem mais necessidade, eleger suas prioridades, ao invés de receber itens predeterminados”, detalha.

Do início da gestão até os dias atuais, informa a SMAS, já houve um aumento de mais de 100 por cento no valor total de concessão desse benefício. “Mas é importante destacar que não é qualquer pessoa que estará habilitada. Há uma criteriosa análise, que leva em conta sobretudo a legislação que normatiza a concessão”, frisa Mauro Nunes, lembrando que os contatos devem ser feitos por meio do CRAS e CREAS.

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