Facundes revela que criminosos têm usado nomes de grandes marcas para prometer benefícios e tentar “arrancar” dinheiro não só de lojistas, mas da população em geralFOTO: Emmanuel Franco

Desconfiar de ofertas tentadoras e estar atento a “benefícios desproporcionais” são algumas das dicas divulgadas pelo Sindcomércio

IPATINGA –Diferentes tipos de golpes contra empresários vieram à tona, no Vale do Aço, com o advento da pandemia coronavírus (Covid-19). Um dos mais recentes envolve o Banco de Desenvolvimento de Minas (BDMG). Pela Internet, criminosos têm se passado por representantes da instituição e cobram taxas antecipadas para viabilizar operações de crédito.Empresários em busca de soluções financeiras para enfrentar os efeitos da pandemia são o principal alvo dos bandidos.

No Vale do Aço, o Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) é um dos correspondentes bancários credenciados pelo BDMG. “Vivemos um momento de fragilidade, em razão do coronavírus, e, infelizmente, os golpistas têm usado nomes de grandes marcas para prometer benefícios e tentar ‘arrancar’ dinheiro não só de lojistas, mas da população em geral”, comenta o presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes.

No caso do golpe usando o BDMG, via e-mail, por WhatsApp ou mesmo por meio de sites, os criminosos cobram quantias em dinheiro pela intermediação de serviços bancários. Conforme a entidade patronal, em caso de dúvidas, é necessárioestar atento ao site oficial da instituição: www.bdmg.mg.gov.br. “Qualquer esclarecimento relacionado às linhas de crédito do BDMG também pode ser obtidonos canais de comunicação do Sindcomércio”, afirma Facundes, informando os três telefones do sindicato: 3821-9020, 3842-2040 e 3849-4490.

Outros golpes

O presidente do Sindcomércio reforça que o avanço da pandemia coronavírus tem sido “pano de fundo” para a atuação de bandidos.Ele cita que, em outro golpe, os marginais têm aproveitado o auxílio emergencial de R$ 600 para micro empreendedores individuais,recentemente aprovado pelo Governo Federal, para ter acesso a dados pessoais e bancários das vítimas.

“Chegaram a criar um aplicativo, baixado por meio de um link falso da Caixa, que informava ao beneficiário que ele só conseguiria sacar os R$ 600 mediante esse cadastro prévio comas informações pessoais e bancárias”, revela Facundes. Com os dados em mãos, os marginais não só podem conseguir sacar os R$ 600 como também realizar compras no comércio e pela Internet.

Prevenção

Também de acordo com o Sindcomércio, outros crimes cibernéticostêm surgido com ofertas como “aumente a velocidade da sua Internet de graça”, “receba gratuitamente máscaras e álcool em gel” e até mesmo com o pedido de doações que não chegam ao destinatário prometido.

“Na maioria das vezes, os criminosos usam o telefone e, sobretudo, o WhatsApp, para aplicar os golpes. Conforme a Polícia Civil tem nos orientado, é preciso sempre desconfiar diante de ofertas tentadoras. Quando o benefício é desproporcional, quase sempre se trata de estelionato”, diz José Maria Facundes.

Dicas

Antes de informar dados pessoais em qualquer tipo de cadastro, lembra o presidente do Sindcomércio, é primordial estar atento a algumas medidas como pesquisar a idoneidade da empresa, atentar à qualidade dos textos, pedir indicações e usar dispositivos seguros. “Cheque a origem da informação, não tenha vergonha de pedir ajuda e pesquise em diferentes locais se o que está sendo oferecido tem, no mínimo, uma procedência confiável”, conclui o dirigente sindical.

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