O prefeito Nardyello Rocha esteve na tarde desta sexta-feira (3) na Câmara Municipal de Ipatinga, onde realizou uma reunião com o presidente Jadson Heleno e demais vereadores, acompanhados também de assessores parlamentares

O prefeito Nardyello Rocha esteve na tarde desta sexta-feira (3) na Câmara Municipal de Ipatinga, onde realizou uma reunião com o presidente Jadson Heleno e demais vereadores, acompanhados também de assessores parlamentares. Durante o encontro, foram discutidos posicionamentos para a audiência com o governador Fernando Pimentel, confirmada para a próxima segunda-feira (6), em Belo Horizonte, para tratar dos débitos milionários do Estado, que comprometem especialmente os serviços de saúde e educação em inúmeros municípios.

Nesta sexta, assim como aconteceu em várias outras cidades prejudicadas, a Prefeitura de Ipatinga suspendeu com um ponto facultativo o seu expediente no prédio principal da administração e ainda o funcionamento das escolas, mantendo apenas os serviços essenciais à população, como forma de protestar contra a retenção de recursos que já ultrapassam a casa dos R$ 70 milhões no município.

Além do prefeito, vereadores e o presidente da Câmara, também estiveram presentes na reunião desta sexta o assessor da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Aço (AMVA), e representantes das prefeituras e Câmaras Municipais de Coronel Fabriciano, Timóteo, Governador Valadares, Ipaba e Santana do Paraíso.
Na oportunidade, o gestor municipal falou da necessidade de estabelecer bases para uma negociação imediata com o Governo do Estado, tendo em vista que o corpo clínico do Hospital Márcio Cunha prorrogou somente até a próxima terça-feira (7) os atendimentos pelo SUS, aguardando soluções para uma dívida na unidade que já chega a R$ 32 milhões. A suspensão da assistência por meio do Sistema Único de Saúde no HMC representa graves impactos para todo o Colar Metropolitano, já que o complexo local de saúde recebe um grande contingente de pacientes de fora do município.
“Nós estamos fazendo essa intermediação porque a dívida é do Governo do Estado, mas o problema traz sérios impactos especialmente para o município de Ipatinga. Neste momento não existe lado, adversários, paixões partidárias. Existe é a população que pode pagar um preço muito alto caso não consigamos chegar a um denominador comum. Os prejuízos são principalmente para quem é pobre e não tem plano de saúde, 100% dependente do SUS. Precisamos nos empenhar ao máximo”, ponderou.
reunião CMI
A Câmara de Ipatinga aderiu ao protesto dos municípios da região Leste de Minas, que iniciaram uma paralisação em virtude do atraso do repasse de verbas pelo Governo do Estado

Para o presidente da Câmara Municipal de Ipatinga, Jadson Heleno, a reunião desta sexta fortalece o movimento de protesto que recebeu adesão de inúmeras prefeituras do Leste de Minas devido à retenção dos recursos por parte do Estado.

“O ato tem meu total apoio, a Câmara não irá se omitir diante desse caos instalado na saúde pública. O que não pode é a comunidade pagar o preço”, reforçou.

Retomada dos atendimentos

O corpo clínico do Hospital Márcio Cunha decidiu suspender os atendimentos pelo SUS, no início da semana, gerando o congestionamento da UPA e do Hospital Municipal de Ipatinga, onde a assistência aos pacientes passou a ser feita num ambiente de fortes tensões. O prefeito Nardyello Rocha e a secretária municipal de Saúde, Érica Dias Souza Lopes, receberam na terça-feira (31), na sala de reuniões do Hospital Municipal Eliane Martins (HMEM), o superintendente do HMC, Mauro Oscar, que a partir das conversações levou um apelo do Executivo aos profissionais paralisados para que dessem um prazo para ações políticas em torno do problema. A Fundação São Francisco Xavier (FSFX), que administra o Márcio Cunha, adiantou que serão aguardadas 72 horas úteis para que se consiga realizar interlocuções pelo Executivo junto às esferas do Estado e da União.

Negociação

A dívida do governo estadual com o município de Ipatinga, apenas na área da saúde, já ultrapassa os R$ 70,5 milhões. Deste total, acumulado desde 2013, 45% são devidos ao HMC para atendimento a pacientes do SUS.

Fonte: SECOM/PMI

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