O município do Bugre acaba de ser contemplado com o projeto Contém Cultura.  Bem no coração da cidade, foi instalada uma sala multicultural, que será inaugurada às 14h do próximo dia 22. O espaço será dedicado a exibições que vão privilegiar filmes nacionais, como forma de valorização das produções brasileiras, tornando acessíveis ao público títulos que não costumam integrar as programações do circuito comercial da sétima arte.

Além da programação cinematográfica prevista pelo projeto e que será desenvolvida semanalmente com entrada franca, na sala serão promovidas oficinas de artesanato, de dança, atividades literárias, dentre outras ações culturais.

“Este espaço cultural será dedicado à cidadania, para promover entretenimento e integração, resgatando os valores culturais do país e região”, comenta Naohiro Doi, Diretor-Presidente da Cenibra, patrocinadora do Contém Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Segundo observa Naohiro Doi, “a cultura tem um poder transformador, capaz de fortalecer a identidade  de um povo, impulsionar o desenvolvimento humano essencial para a melhoria de qualidade de vida nas demais áreas da sociedade”

O Diretor-Presidente da Cenibra ressalta ainda que, por meio da cultura, melhoram-se também indicadores de desenvolvimento socioeconômico dos municípios, uma visão que motiva a empresa a manter mais de 50 projetos sociais em municípios de sua atuação. “Em 2018, a Cenibra investiu R$ 12, 3 milhões em recursos e patrocínios vias Leis Federais de Incentivo, um valor destinado a diversos setores, além do cultural, e que contemplou um público superior a 100 mil pessoas”.

A proponente do projeto, Luciana Profiro, conta que é grande a sua expectativa para a inauguração da sala, “que vai transformar o município pelas vias de atividades culturais e artísticas, sempre buscando contemplar públicos dos mais diversos perfis e faixas etárias”, citando em seguida dados do IBGE que apontam para a carência de espaços culturais no país. “Segundo estatística do IBGE, 70% dos municípios do Brasil não possuem centro cultural, e mais de 90% não possuem um ambiente destinado à exibição de obras cinematográficas.  Entre os municípios de até 20 mil habitantes, 98% não possuem salas de cinema. Então, o Contém Cultura vem mudar essa realidade”, frisa Luciana Profiro.

SUSTENTABILIDADE

A sala multicultural do Bugre foi estruturada dentro de dois containeres adaptados pela Superloc, parceira do Contém Cultura. A obra de adaptação  envolveu profissionais de diversos setores em sua cadeia produtiva. Inicialmente, os containers foram cortados para receber as portas de aço e fechamento em vidro. Em seguida, ganharam instalação elétrica, ar condicionado e cabeamento de som. Uma camada de isolamento térmico foi feita em toda a estrutura dos caixotes, que foram revestidos internamente com drywall e gesso. Posteriormente, os módulos foram pintados, e o piso em madeira recebeu sinteco. A fim de ampliar a área dedicada a atividades culturais, um toldo foi instalado na parte frontal dos containers.

“A construção é de baixo impacto ambiental por reutilizar containers marítimos como matéria-prima. Esses módulos seriam descartados para o meio ambiente. O próprio processo de adaptação dos containeres gerou poucos resíduos “, analisa Maria Aparecida, gerente da Superloc.

Luciana Profiro observa que “as salas do Contém Cultura são modernas e deram mais charme à praça do Bugre, um dos cartões postais do município. “Além do aspecto visual, atraente por seu design e cores fortes, esse local já é um importante ponto de encontro, de convivência da comunidade, o que anima ainda mais a sua participação nas atividades oferecidas no Contém”.

A sala multicultural, que é climatizada, dispõe de 40 lugares, som digital e sistema de exibição de ótima qualidade. O espaço conta com rampa de acesso e área reservada para cadeirantes, favorecendo a inclusão de pessoas com deficiência no projeto, além de filmes em Libras, que compõem o rico acervo do Contém Cultura.

O Contém Cultura do Bugre será gerenciado por produtores do projeto, que contam com um agente cultural para coordenar as atividades das salas por dez meses. Após esse período, o espaço será doado para a comunidade e passará a ser gerenciado pela secretaria Municipal de Educação.

Fonte: Goretti Nunes

próximo artigoReunião de comissão define sugestões de compensação para a Copasa
Artigo seguinteVereador Andrade é preso em Ipatinga