Além da pavimentação, também está planejado o alargamento da estrada, onde cada pista terá 3,5 metros e acostamento de 1,5 metro. Também está incluso o reforço de pontes sobre três ribeirões e a construção de uma interseção com a BR-262 (Foto: divulgação)

Apesar da falta de recursos do Estado, a luta pela retomada da pavimentação da LMG-760, entre Cava Grande, distrito de Marliéria, até o entroncamento da BR-262, não paralisou. A deputada estadual Rosângela Reis (Podemos) realizou uma série de reuniões com representantes do Governo do Estado e da Fundação Renova, para tentar viabilizar a conclusão do asfalto.

Na última semana, o encontro foi com a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag), Luísa Barreto, e a assessora do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Viviane Gomide, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. O pedido de Rosângela Reis é que o Estado faça a negociação com a Renova. Uma audiência pública sobre o assunto também será solicitada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Deputada Rosângela Reis com com a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Planejamento, Luísa Barreto (Foto: divulgação)

O objetivo é que o governo use os recursos da instituição, criada pela mineradora Samarco para tratar os danos da Tragédia de Mariana, para viabilizar a retomada das obras. O pleito é que os recursos sejam aplicados para a pavimentação ser feita na totalidade da estrada, desde o distrito de Cava Grande até a BR-262. Luísa Barreto concordou em abrir o diálogo com a Renova para concluir a LMG-760.

Em 7 de novembro, Rosângela Reis também se encontrou com os representantes de Relacionamento Institucional da Fundação Renova, Wesley Costa e Anthônio Matheus, no gabinete da parlamentar, em Belo Horizonte. A deputada reforçou o pedido para que os recursos para a reparação dos danos ao Parque Estadual do Rio Doce (PERD) também sejam direcionados para a LMG-760.

“A Tragédia de Mariana impactou seriamente o Rio Doce e também o parque. Dessa forma, já que o Estado não possui verba para retomar a obra, entendemos que uma maneira de conseguir viabilizar essa conclusão seria por meio da Fundação Renova. Estou confiante que vamos conseguir essa saída”, afirmou Rosângela Reis.

Além dos pedidos feitos aos representantes do Estado, a deputada Rosângela Reis também cobrou, por diversas vezes, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Marco Aurélio Barcelos. Em maio de 2019, Barcelos, junto com outras lideranças regionais, chegou a visitar a estrada e o Parque Estadual do Rio Doce, junto com o diretor do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DEER-MG), Fabrício Torres Sampaio.

Paralisação da LMG-760

A falta de repasses pelo governo do Estado paralisou a pavimentação da LMG-760 em meados de 2018. A obra, conduzida pela empreiteira Tamasa, foi iniciada em agosto de 2017, mas só entregou oito quilômetros de asfalto e 12 km de terraplanagem, de um total de 64 km da via. A estimativa é que o custo da conclusão do asfalto seja de R$ 124 milhões.

Além da pavimentação, também está planejado o alargamento da estrada, onde cada pista terá 3,5 metros e acostamento de 1,5 metro. Também está incluso o reforço de pontes sobre três ribeirões e a construção de uma interseção com a BR-262.

Antes de ser iniciada, em 2017, a obra ficou paralisada por quase quatro anos, a pedido do Ministério Público do Estado em 2013. O motivo da interrupção alegado pelo MP foi a falta de licenciamentos ambientais necessários na área do Parque Estadual do Rio Doce.

A pavimentação da LMG-760 vai reduzir o tempo das viagens, garantir mais segurança na estrada, facilitar o escoamento da produção agrícola e industrial da região, promover o turismo no Parque Estadual do Rio Doce, ajudará a desafogar a BR-381 e melhorar a qualidade de vida das pessoas que ali trabalham e residem.

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