A bancada do PSOL terá uma candidatura própria, representada por Luiza Erundina (SP), para a eleição da Câmara dos Deputados no início de fevereiro. O partido foi o último entre as demais legendas da oposição a decidir seu posicionamento na disputa. Os deputados estavam divididos entre apoiar já no primeiro turno a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) ou ser independente.

O martelo foi batido pela Executiva Nacional da sigla na manhã desta sexta-feira, 15, depois de votação da bancada ter dado empate sobre a decisão.

A ação do PSOL reforça agora a possibilidade de eleição da Câmara ser decidida apenas em um segundo turno, já que serão no total sete candidatos na disputa, o que tende a pulverizar votos e reduz a chance de um nome conseguir maioria em uma primeira votação.

Para ganhar a eleição, o candidato precisa ter a maioria dos votos dos 513 deputados, ou seja 257, em primeira votação ou ser o mais votado em segundo turno. Baleia e Arthur Lira (PP-AL) são os dois nomes com mais apoio na campanha.

O primeiro tem um bloco com 11 partidos e 281 deputados e, o segundo, com 9 partidos e 179 parlamentares.

Concorrem ainda de forma independente, Fábio Ramalho (MDB-MG), Capitão Augusto (PL-SP) e André Janones (Avante-MG). Na quinta-feira, o Novo lançou a candidatura de Marcel Van Hattem (RS).

Com a decisão do PSOL, Baleia, que esperava poder contar com o partido, perdeu 10 votos que poderiam compor seu bloco do qual já fazem parte PT, PSB, PDT, PCdoB e Rede.

Os deputados que eram contra a candidatura própria defendiam o apoio ao emedebista como uma forma de derrotar o candidato do Palácio do Planalto.

Erundina concorreu no ano passado como vice-prefeita de São Paulo ao lado de Guilherme Boulos (PSOL). A dupla chegou a ir para o segundo turno, mas perdeu para o prefeito Bruno Covas (PSDB).

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