Em 2022, comemora-se 90 anos da conquista feminina do direito ao voto. Elas são 52% do eleitorado nacional, mas não há equivalência quanto à representação no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, elas são 77 deputadas nesta legislatura, ou seja 15% das cadeiras. No Senado, são 15 dos 81 senadores nesta legislatura. Aconteceu neste mês de abril, em Brasília, o último módulo da segunda edição do Lidera+, programa que tem como objetivo contribuir para que mais mulheres construam candidaturas políticas planejadas e viáveis.
Iniciada em fevereiro, em São Paulo, a iniciativa é da Secretaria Nacional da Mulher do Solidariedade em parceria com a Fundação 1º de Maio, com organização de Loreny Caetano, secretária da Mulher, e Laiz Soares, presidente municipal do Solidariedade em Divinópolis, Minas Gerais.

“O programa Lidera foi uma grata surpresa para mim, afinal, um programa de formação para mulheres de todo o Brasil é fundamental para conseguirmos preparar mais e mais mulheres para a política e espaços de poder e decisão. Fiquei muito feliz em ter sido convidada para o evento deste ano”, disse Marília Arraes (PE), deputada recém-filiada à legenda.

Tebet descarta posto de vice em coligação com PSDB, Cidadania e UniãoSamanta Costa, presidente da Fundação 1° de Maio, destaca que, apesar de serem 52% do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda ocupam pouco espaço de decisão. “Para se ter uma ideia, a primeira presidenta foi eleita em 2011 e um banheiro feminino no Senado Federal só foi inaugurado em 2016”, comenta. 

“Nós escolhemos Brasília para o último módulo do Lidera porque sabemos que é aqui onde o poder acontece, é em Brasília onde as decisões são tomadas. E, principalmente, porque é em Brasília onde queremos que as mulheres tenham mais representação”, afirma Samanta. “Fomos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para falar sobre a importância e grandeza deste evento na capacitação das mulheres que serão candidatas nas eleições de 2022”, completou.

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