Walter Delgatti Neto, o “hacker de Araraquara (SP)”, afirmou  que a intenção da Operação Lava Jato era prender Dias Toffoli e Gilmar Mendes

O vice-presidente, Hamilton Mourão, classificou como especulações as revelações de Walter Delgatti Neto, o “hacker de Araraquara (SP)”, de que ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) estavam na mira da Operação Lava Jato.

Preso na operação Spoofing devido a crimes como furto qualificado, apropriação indébita, estelionato e tráfico de drogas, ele acabou solto em outubro. Neste domingo, Neto revelou que a operação de Curitiba queria chegar a ministros da corte, em especial Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

“Não vejo nenhum ministros desses ai envolvidos nas atividades ilicitas que foram levantadas pela Lava Jato. Acho que isso é mais especulação que qualquer outra coisa”, afirmou Mourão na manhã desta segunda-feira a jornalistas em Brasília.

Delgatti afirmou que, pelas conversas dos ministros do STF, era possível concluir que alguns deles queriam ajudar a operação, inclusive com Barroso auxiliando o ex-procurador Deltan Dallagnol nas peças acusatórias da operação.

O caso ganhou repercussão nacional em meados de 2019 após Delgatti ter invadido contas de celulares e divulgado conversas conversas particulares de procuradores da Lava Jato com o ex-juiz da Lava Jato, que cuidava dos processos da operação na primeira instância.

Neto admitiu ter invadido celulares de centenas autoridades e divulgado o conteúdo para a imprensa. As mensagens deram origem a uma série de reportagens.

RECESSO

Mourão também comentou sobre a possibilidade de o Congresso suspender o recesso para votar pautas urgentes. “O que eu vejo: como não tá o orçamento votado, seria importante que o Congresso suspendesse o recesso não só para votar o orçamento, como acho que seria importante que votasse a PEC Emergencial”, afirmou. “Vai permitir que a gente consiga passar o ano de 2021 sem maiores problemas.”

VACINAÇÃO

Também nesta segunda-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão aproveitou seu programa de rádio para reforçar a promessa do governo federal de vacinar a população contra a covid-19. No “Por Dentro da Amazônia”, vinculado nesta segunda-feira, 21, em uma rede nacional de rádios, Mourão afirmou que a imunização estará disponível nos próximos meses.

“Essa é uma batalha que está sendo enfrentada sem descanso, mas com a certeza de que muito em breve teremos uma vacina distribuída em todo o território nacional, ao longo inclusive dos cantos mais afastados da nossa Amazônia para que possamos definitivamente voltar a uma vida normal e abraçar nossos entes queridos”, disse Mourão, lamentando as mortes pela covid-19 no Brasil.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória abrindo um crédito extraordinário de R$ 20 bilhões ao Ministério da Saúde. De acordo com o governo, o dinheiro será usado para a compra de doses das vacinas registradas na Anvisa. Bolsonaro destacou que a vacina será opcional, e não obrigatória. O Supremo Tribunal Federal (STF), porém, deu poder para Estados e municípios decidirem sobre a obrigatoriedade da imunização.

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