Vice-presidente comentou sobre a necessidade de se estender o benefício: ’40 milhões de brasileiros estão em uma situação difícil’

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comentou nesta sexta-feira (12) que o governo brasileiro não pode ser “escravo do mercado” ao tratar sobre o tema auxílio emergencial.

“Minha gente, a gente não pode ser escravo do mercado. Então, tem que entender o seguinte: nós temos aí, vamos botar aí uns 40 milhões de brasileiros que estão em uma situação difícil. A gente ainda continua com a pandemia, a gente acredita que mais uns três, quatro meses a gente tenha uma produção de vacina capaz de começar um processo de imunização consistente”, disse.

“Então, o presidente é obrigado a decidir para alguma forma de auxiliar essa gente. Vamos lembrar, né, se ele disser que não vai auxiliar, ele vai tomar pau. Se ele diz que vai auxiliar, ele vai tomar pau também. Então, é uma situação difícil e julgo que ele vai buscar a melhor solução”, acrescentou.

Deixado de fora de reunião ministerial convocada por Jair Bolsonaro nesta semana, Mourão tem evitado polêmicas, principalmente em assuntos sensíveis para o governo. Questionado sobre qual linha de ação poderia ser adotada para estender o benefício durante a pandemia, buscou sintonia com a equipe econômica.

“Já comentei com vocês que esse assunto está sendo tratado pelo presidente junto com a equipe econômica e com o Congresso. Então, estão buscando uma solução. Em linhas gerais, ou você faz um crédito extraordinário, aí seria o tal do orçamento de guerra, ou corta dentro do nosso orçamento para atender as necessidades. Não tem outra linha de ação fora”, disse.

Combustíveis

Mourão também comentou sobre a polêmica das altas nos preços dos combustíveis. Segundo o vice presidente, a questão terá de ser levada ao Congresso.

“É lei, vai ser decidido lá dentro, mexe com o interesse dos estados. O presidente está buscando uma solução para o preço dos combustíveis, que todo mundo que enche o tanque do carro sabe que está um pouquinho salgado. Isso aí é fruto de dois problemas: Um (problema) é os preços internacionais que se recuperaram e dois é a desvalorização da nossa moeda. O dólar aumentou.”

O general da reserva do Exército descartou qualquer interferência na política de preços da Petrobras. “Já tivemos isso no passado e a Petrobrás arcou comum prejuízo enorme e não pode arcar. É uma empresa que tem ação em bolsa”, comentou.

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