Na sexta-feira, Bolsonaro mandou embora o presidente da estatal Roberto Castello Branco e colocou general da reserva em seu lugar

O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta segunda-feira (22) o impacto da demissão de Roberto Castello Branco, na Petrobras. De acordo com ele, a atribuição de escolher o chefe da estatal compete ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que usou esse direito. Ele afirmou também que a causa da mudança pode ter sido a falta de comunicação.

“É uma questão de confiança na pessoa que está lá, talvez uma falta de comunicação do Roberto com o presidente.”

Mourão comentou não ter tanta importância a reação negativa dos investidores na bolsa de valores após Bolsonaro anunciar a saída de Castello Branco e a entrada do general Joaquim Silva e Luna na sexta-feira (19). “O mercado sai correndo para um lado, depois volta.”

O vice não vê chance de intervenção nos preços por parte do governo federal até por causa da legislação da Petrobras, que não admitiria essa possiblidade, segundo ele, e sugeriu um fundo soberano que possa evitar que chegue ao consumidor final as altas do petróleo no mercado internacional.

“De 1º de janeiro pra cá o petróleo aumentou 25% o valor bruto no hemisfério norte”, disse. “O preço flutua de acordo com esas condições internacionais.”

O general da reserva do Exército também descartou qualquer problema para a empresa ou para as Forças Armadas com a entrada de um militar no comando da empresa petroleira. 

“A Petrobras nasceu em cima das Forças Armadas, vamos lembrar que o presidente {da República, Ernesto} Geisel era o presidente da Petrobras.”

Ele ainda elogiou o novo dirigente, afirmando que Joaquim Silva e Luna fez um excelente trabalho na usina Itaipu Binacional. 

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