O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o vereador Ronaldo Batista (PSC), de Belo Horizonte, como mandante do assassinato de Hamilton Dias de Moura (MDB), ex-vereador de Funilândia. De acordo com o MP, o parlamentar pagou R$ 40 mil pelo pelo crime. As informações são do R7.

Na última quinta-feira (15), Batista foi preso pela Polícia Civil. A investigação aponta que o crime foi motivado por uma disputa sindical. Moura morreu no dia 23 de julho, com tiros no rosto e no pescoço enquanto estava dentro do carro na capital mineira.

Ainda segundo o MP, o montante teria sido dividido entre três pessoas, entre elas um soldado da Polícia Militar. O grupo armou uma emboscada para atrair a vítima. Eles criaram um perfil falso de uma mulher chamada “Vanessa” que estaria interessada em comprar um lote e marcaram um encontro com Moura.

Ao chegar no local combinado, a vítima foi surpreendida por uma dupla, que disparou diversas vezes contra o vereador. Conforme a denúncia, o PM teria auxiliado na fuga e na destinação da arma de fogo usada no crime.

Disputa sindical

Além de vereador em Funilândia, Moura era presidente do Simeclodif (Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região). A entidade foi criada a partir de uma dissidência do STTRMBH (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte da Região Metropolitana de Belo Horizonte), durante a gestão de Ronaldo Batista.

De acordo com o MP, o Simeclodif passou a fazer oposição administrativa e “arrebatar sindicalizados e contribuições” que eram dirigidas ao outro sindicato. A entidade também passou a ajuizar ações na Justiça do Trabalho contra o STTRMBH.

Em uma das ações, Ronaldo Batista se tornou réu por má administração do sindicato “como desvio, dilapidação e malversação do patrimônio da entidade, descumprimento de acordo judicial e apropriação indébita”.

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