O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que sancionou o aumento de 46% de seu próprio salário para não deixar o teto do funcionalismo público defasado e, assim, perder servidores. A declaração foi dada nesta segunda-feira (28), em entrevista à GloboNews.

“Durante este período de 8 anos, a inflação foi de 60 a 100%, dependendo do valor que é considerado. O salário mínimo aumentou, neste período, 68%. O valor do salário dos professores na rede municipal aumentou 80%. Então, hoje o teto está defasado. É um teto de R$ 24 mil”, disse o prefeito.

Covas sancionou na quinta-feira (24), véspera de Natal, o projeto de lei 173/18, que estabelece aumento de 46% do próprio salário, de R$ 24,1 mil para R$ 35,4 mil. A sanção do projeto também garante aumento de salário para o vice-prefeito, de R$ 21,7 mil para R$ 31,9 mil, e os secretários municipais, de R$ 19,3 mil e R$ 30,1 mil.

A lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2022, após vencer, em 31 de dezembro de 2021, a trava a reajustes de servidores imposta pelo plano de socorro aos Estados e municípios em meio à pandemia de covid-19. Segundo a lei, as despesas serão pagas com dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Como é o teto do funcionalismo, o salário novo do prefeito pode gerar um efeito cascata nas contas do município, uma vez que agora a remuneração de outros servidores poderá ser reajustada até R$ 35,4 mil.

A lei que autoriza o aumento salarial do executivo municipal de São Paulo foi aprovada pela Câmara com placar de 34 votos a favor, 17 contra e uma abstenção.

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