O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sinalizou na última sexta-feira (21) que está prestes a enviar ao Congresso um projeto de lei para dar “retaguarda jurídica” aos homens da lei: Forças Armadas e polícias. Ele disse estar interessado em que forças de segurança não sejam punidas por ações praticadas durante o combate à criminalidade.

O posicionamento foi dado em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, depois que o presidente anunciou a troca dos ministros da Secretaria-Geral da Presidência. Ele contou que almoçaria com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e afirmou que espera que esse seja “o último passado” antes da apresentação do projeto. Desde antes de ser eleito, ele já prometia garantir o “excludente de ilicitude” às forças de segurança.

“Eu falei durante a pré-campanha, campanha também, que eu me coloco sempre no lugar de quem está cumprindo aquela missão parda ver de que maneira a gente poderia dar garantia”, declarou Bolsonaro.

“Costumo dizer (que) não é justo você pegar um garoto do Exército brasileiro, com 20 anos de idade, botar um fuzil no peito dele, mandar para a missão de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), há um imprevisto, porque pode ocorrer um imprevisto sim, e depois você larga ele para a auditoria militar, pra ele se virar na sua defesa, que pode ser de 12 a 30 anos de prisão. A gente não concorda com isso. Se chamar as Forças Armadas… No meu entender, a gente vai estender neste projeto para os policiais federais, PRFs (policiais rodoviários federais), policiais militares, civis, entre outros.

Bolsonaro acrescentou que seu objetivo é proteger os profissionais em serviço. “Se as forças de segurança entrarem em campo, de qualquer maneira, as forças de segurança vão sempre estar certas. Nós podemos responder, mas não tem punição. Este é o nosso interesse”, disse

O presidente afirmou ainda que até o momento, em seu governo, teve apenas “uma pequena GLO” em Rondônia, quando Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, apontado como líder de uma das maiores organizações criminosas do país, foi transferido para um presídio federal no local, em fevereiro. Segundo Bolsonaro, já houve pedidos de alguns estados que foram recusados.

Ele disse ainda que pretende “não dar” a autorização da garantia da lei e da ordem por forças federais até que o governo seja atendido.

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