O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta quinta-feira (2/7), da 56ª reunião de cúpula de chefes de Estado do Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Durante o discurso, Bolsonaro afirmou que o país se empenhará na construção do diálogo para “desfazer opiniões distorcidas sobre o Brasil”.

O chefe do Executivo ainda defendeu a agilidade nos acordos do bloco com países como Canadá, Coreia, Singapura e Líbano. “No esforço de construção de um país mais próspero buscamos também mais e melhor inserção do Brasil na região e no mundo. O Mercosul é o nosso principal veículo para essa inserção. Os históricos acordos selados em 2019 com a UE e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), evidenciam que estamos no caminho certo”, disse.

“Aplaudimos a dedicação da presidência paraguaia, a conclusão dos detalhes pendentes nesses acordos. Apelo a todos presidente para que como eu mesmo fiz, instruam seus negociadores a fecharem os textos, atuemos com o firme propósito de deixá-los prontos para assinatura neste semestre”, prosseguiu.

E completou: “Ao mesmo tempo, nosso governo dará início ao diálogo com diferentes interlocutores para desfazer opiniões distorcidas sobre o Brasil e expor as ações que temos tomado em favor da proteção da floresta amazônica e do bem estar das populações indígenas. Além desses acordos, o Brasil está disposto a avançar em outros empreendimentos com parceiros mundo afora. Queremos levar adiante as negociações abertas  com o Canadá, Coreia, Singapura e o Líbano, expandir os acordos vigentes com Israel e a Índia e abrir novas frentes na Ásia e temos todo interesse em buscar tratativas com os países da américa central”, apontou Bolsonaro.

O presidente também citou a importância do fundo de US$ 15 milhões destinado a auxiliar os países do bloco na crise do novo coronavírus. “Assinalo a revitalização do Funcem nesta pandemia. O fundo de desenvolvimento mostrou que conjuga utilidade com solidariedade ao destinar US$ 15 milhões ao coronavírus em nosso países”, disse.

Em seguida, Bolsonaro ressaltou que os próximos meses serão de desafios no encontro entre o equilíbrio da saúde populacional e o aquecimento da economia em meio a pandemia. “Senhores presidentes, os próximos meses serão de grandes desafios para todos nós. O maior deles que se apresenta desde logo é conciliar a proteção da saúde das pessoas com o imperativo de recuperar a economia. Tenho certeza que o Mercosul é parte das soluções que estamos construindo”, continuou.

Videoconferência 

Por conta do coronavírus, pela primeira vez na história o encontro dos líderes do bloco ocorreu por meio de videoconferência. O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou também recebeu nesta quinta-feira do presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez a presidência pro tempore do Mercosul.

Venezuela

Ao final do discurso, Bolsonaro criticou a Venezuela e disse esperar que o país retome “o quanto antes o caminho da liberdade”. “Não poderia encerrar sem fazer menção a Venezuela na expectativa que retome o quanto antes o caminho da liberdade. Nesse mesmo espírito de valorização da democracia, lamento que o governo da presidente Jeanine Áñez, contrariamente a vontade do Brasil, não tenha podido participar de nossos trabalhos ao longo do semestre. Continuemos todos a defender de modo incansável o compromisso do Mercosul com a democracia que é um dos pilares de nosso bloco e de nossa região”, concluiu.

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