O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou o falecimento de Bruno de Paula Costa, cabo da Polícia Militar, durante operação de forças de segurança no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Outras 17 pessoas – 16 suspeitos e uma mulher que pasava de carro pelo local – também morreram.

“Quando vi aqui me emocionei, né? Meu colega paraquedista. Nossos sentimentos à família, lamentamos o ocorrido”, disse o chefe do Executivo federal, que aproveitou a situação para fazer novas críticas ao STF.

“Novamente, né? O Rio de Janeiro até hoje tem área de exclusão, onde a Polícia Militar não pode agir por decisão do Supremo Tribunal Federal e a bandidagem cresce nesta área e a PM tem dificuldade de combater esses marginais”.

Bolsonaro fez uma analogia a filmes americanos: “É algo parecido quando a gente via filme de cowboy e alguém cometia um crime nos Estados Unidos. Ele fugia e quando chegava no México, a patrulha americana não podia entrar naquele ‘estado’ e ele estava em paz lá. A mesma coisa acontece aqui no Rio de Janeiro.”

Segundo o mandatário, o Supremo facilita a ação dos bandidos. “Algumas áreas protegidas pelo STF. Quanto mais protegidos, vão se armando mais e quando entram em ação, o lado de cá, que é da lei, por muitas vezes sofre baixas como do cabo. Então nossos sentimentos aos familiares, que Deus conforte”.

Quarta ação mais letal

Representantes das secretarias da Polícia Civil e da Polícia Militar informaram em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21) que a ação no Complexo do Alemão tinha como alvo uma quadrilha de roubo de veículos.

Com 18 mortos, a ação no Alemão é a quarta mais letal do Rio de Janeiro, ficando abaixo das operações do Jacarezinho (28 mortos em 2021), Vila Cruzeiro (25 mortos em 2022) e na Baixada Fluminense (19 mortos em 2007).

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