Depois de dizer que são as Forças Armadas que decidem se o povo vive em uma democracia ou ditadura, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 20, que os militares seguem “o norte indicado pela população”. O chefe do Executivo participou nesta manhã de evento em comemoração aos 80 anos de história do Comando da Aeronáutica. Bolsonaro ressaltou que o seu governo respeita os militares e que esses são a “base” de sua missão. O presidente também disse que prega a paz e a harmonia e que setores que remam em sentido contrário “perderão”.

“O Brasil vem experimentando mudanças ao longo dos últimos dois anos. Umas das mais importantes, temos um presidente da República que juntamente com seu Estado Maior ministros acreditam em Deus, respeitam os seus militares, fato raro nas últimas três décadas em nosso país. E, também, deve lealdade absoluta ao seu povo. Nós militares das Forças Armadas seguimos o norte indicado pela nossa população”, declarou.

Na segunda-feira passada, sob pressão pela atuação do governo na pandemia de covid-19 e o atraso na entrega de vacinas, o presidente recorreu novamente ao tom mais ideológico em conversa com apoiadores. Ele afirmou que as Forças Armadas são o “último obstáculo para o socialismo” e que “quem decide se o povo vai viver em uma democracia ou ditadura são as suas Forças Armadas”. As declarações repercutiram mal entre parlamentares e outros setores da sociedade.

No evento de hoje, Bolsonaro fez referências às críticas direcionadas ao governo e disse pregar a harmonia e a paz. “No mais, quando somos atacados, dependendo da onde vem esses fogos, tenho certeza que estamos no caminho certo. Eu prego e zelo pela união de todos, pelo entendimento, pela paz, e pela harmonia, mas os poucos setores que teimam remar em sentido contrário, tenho certeza, vocês perderão”, disse.

“Hoje nós temos um governo que pensa no seu Brasil como um todo e a grande base nossa para cumprir essa missão é ou são a nossa Marinha, o nosso Exército e a nossa Aeronáutica”, acrescentou. Bolsonaro também lembrou que a Força Aérea foi criada em meio à Segunda Guerra Mundial e que desde o início atuou do lado da liberdade e da democracia.

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