O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), criticou o resultado da votação dessa quarta-feira, 23, na Assembleia Legislativa do Estado que determinou o prosseguimento do processo de impeachment contra ele. “Afastar um governador do mandato da forma como fazem comigo hoje é matar a democracia”, publicou o político em sua conta no Twitter nesta quinta-feira, 24. Witzel reforçou o discurso de inocência e acusou a Alerj de cometer um “grande erro”.

“Enfrento esse processo de impeachment de cabeça erguida porque nunca compactuei com a corrupção em toda a minha vida. Provarei minha inocência mesmo sofrendo um linchamento moral e político a partir da palavra, sem provas, de delatores, ou seja, de bandidos confessos”, disse o governador afastado temporariamente por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A votação terminou com um placar de 69 votos favoráveis ao prosseguimento da ação contra nenhum contrário. Segundo Witzel, a decisão da Alerj, que também deu abertura ao processo contra ele por crime de responsabilidade, foi resultado da pressão nas redes sociais.

Os órgãos de Justiça envolvidos no processo foram outro alvo das críticas de Witzel. “MP e Judiciário devem estar distantes do debate político. O MP não pode ditar políticas públicas nem decidir quem deve ou não exercer a função outorgada pelo voto popular”, disse, destacando que foi eleito com 4,6 milhões votos.

Nos próximos passos do processo de impeachment, o Tribunal de Justiça será comunicado oficialmente da decisão da Alerj. Em seguida, um tribunal composto por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais analisará a cassação do mandato. Witzel perde o cargo de forma definitiva se sete dos dez votos forem favoráveis à condenação.

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