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WASHINGTON – O Senado americano aprovou na quinta-feira 13 a retirada dos Estados Unidos da guerra do Iêmen, cuja participação envolve apoio militar à Arábia Saudita, parceira de longa data de Washington no Oriente Médio e líder da coalizão que faz ofensivas sobre o país. A decisão passará ainda por votação na Câmara e então pela sanção do presidente Donald Trump.

A votação foi encarada como uma mensagem de desaprovação a Trump pelas respostas do presidente à morte do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime monárquico da Arábia Saudita e assassinado no consulado saudita em Istambul em outubro.

Os senadores também recomendaram por unanimidade que o governo colocasse a culpa do assassinato no príncipe Mohamed bin Salman. Supostos áudios da CIA provam que príncipe, no mínimo, sabia do crime. À época, Trump menosprezou a participação do príncipe no crime. O presidente ameaçou vetar as duas resoluções.

“A atual relação com a Arábia Saudita não está funcionando”, disse o senador republicano Lindsey Graham, que se opôs à resolução sobre a guerra no Iêmen, mas chamou Bin Salman de “tão tóxico, tão sujo, tão falho” depois da morte de Khashoggi que “você não pode ter um relacionamento com os Estados Unidos a não ser que as coisas mudem.”

Os secretários de Estado, Mike Pompeo, e de Defesa, Jim Mattis, foram à Câmara para se opor às resoluções do Senado e avisar que ela pode estragar a relação americana com os sauditas. Funcionários do Congresso e do governo Trump disseram que a ida dos dois foi para impedir quaisquer ações da Câmara sobre as resoluções.

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