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DUBLIN – O Parlamento da Irlanda adotou, nesta quinta-feira, 13, um projeto de lei que legaliza o aborto, sete meses depois de um referendo histórico no qual os irlandeses se pronunciaram contra a proibição constitucional da interrupção voluntária da gravidez.

A lei ainda deve ser promulgada pelo presidente, Michael Higgins, antes de entrar em vigor.

O texto autoriza o aborto até 12 semanas de gestação ou posteriormente nos casos de “risco para a vida” ou de “grave risco à saúde” da mulher. Também permite a interrupção voluntária da gravidez em caso de malformação do feto que pode levar à sua morte.

O primeiro-ministro, Leo Varadkar, comemorou um “momento histórico para as mulheres irlandesas”, em uma mensagem publicada em sua conta do Twitter.

Em 25 de maio, 66% dos irlandeses votaram em um referendo a favor da liberalização do aborto, uma mudança cultural neste país de 4,7 milhões de habitantes e tradição católica, três anos depois da legalização do casamento homossexual.

“Há pouco mais de 200 dias, o povo irlandês votou para revogar a oitava (emenda da Constituição irlandesa, que proíbe o aborto), para que cuidemos das mulheres com compaixão. Hoje, aprovamos a lei que transformará (este desejo) em realidade”, declarou no Twitter o ministro da Saúde, Simon Harris.

Ele comemorou “um voto que põe fim às viagens solitárias e à estigmatização e que apoia as decisões das mulheres em nosso país”.  Até agora, as mulheres que queriam abortar tinham de viajar para o Reino Unido.

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