Na segunda-feira (24), a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou a necessidade de não negligenciar os cuidados com o novo coronavírus e a imunização, até porque os casos de Covid-19 e de gripe crescem na Europa com a aproximação do inverno. “Não é o momento de relaxar”, assegurou o diretor regional para a Europa da OMS, Hans Kluge. No começo do outono, a região europeia, que reúne 53 países, entre os quais alguns na Ásia central, é novamente o epicentro da epidemia, contabilizando 60% das notificações de Covid-19 no mundo todo. Em paralelo também foi registrado um pico de casos de gripe sazonal.

Já na semana passada, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que foi decidido manter a pandemia como uma emergência de saúde pública internacional, na sequência da recomendação do comitê de emergência.  Tedros afirmou que a OMS concorda com o parecer emitido pelo comitê em relação à pandemia em curso da Covid-19 e determina que o evento permaneça a constituir uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional (PHEIC, na sigla em inglês). A PHEIC é o nível mais alto de alerta e se aplica um evento extraordinário, grave, repentino, incomum ou inesperado, com implicações para a saúde pública para além da fronteira nacional de um Estado afetado e que pode exigir uma ação global imediata. 

Segundo a OMS, peritos de diversas nações que aconselham a organização concordaram que a Covid-19 se mantém um evento de saúde pública que continua a afetar negativa e fortemente a saúde da população mundial. “Ainda há o risco de novas variantes agravarem o impacto contínuo na saúde, particularmente à medida que o inverno se aproxima no hemisfério norte, e ainda há a necessidade de uma resposta internacional coordenada para enfrentar as desigualdades no acesso a ferramentas que salvam vidas”, diz o comunicado da OMS. 

Além do mais, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) já advertiu na última sexta-feira (21) para a possibilidade de uma nova linhagem da variante ômicron (BQ.1 e a sua sublinhagem BQ.1.1)  passar a ser dominante na Europa até dezembro, o que poderá causar um aumento considerável de contágios. Os estudos laboratoriais preliminares na Ásia indicam que a BQ.1 tem a capacidade de escapar à resposta do sistema imunológico. “Porém, de acordo com os dados disponíveis, não há evidência que possa estar associada ao aumento da gravidade da infecção em comparação com as variantes BA.4 e BA.5 da ômicron. A vacinação continua a ser um dos mecanismos mais eficazes contra a Covid-19 e também a gripe”, relatou o ECDC.

Vacinação na África parou na metade 

O departamento africano da Organização Mundial de Saúde (OMS) informou hoje que a vacinação contra a Covid-19 parou em metade dos países da África, enquanto as doses mensais administradas caíram mais de 50% entre julho e setembro. “O fim da pandemia de Covid-19 pode estar perto, mas enquanto a África estiver muito atrasada em relação ao resto do mundo na garantia de uma proteção generalizada, existe uma lacuna perigosa que o vírus pode explorar para voltar com mais força”, indicou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.

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