Exército israelense informou nesta sexta-feira (24) que recuperou os corpos de três reféns mortos no ataque terrorista do Hamas. Entre eles está o brasileiro Michel Nisenbaum
O exército israelense informou nesta sexta-feira (24) que recuperou os corpos de três reféns mortos no ataque terrorista do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que deu início ao conflito no Oriente Médio. Entre eles está o brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, feito refém e morto no ataque terrorista do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro. As famílias já foram notificadas.
“Ao lado do povo israelense, minha mulher Sara e eu inclinamos a cabeça com profunda dor e abraçamos as famílias em luto neste momento difícil”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta sexta-feira. Ele enfrenta uma crescente pressão interna para conseguir a libertação dos reféns que permanecem em cativeiro no território palestino.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou, por meio da rede social X (antigo Twitter). Ele recebeu em dezembro familiares de Michel Nisembaum no Palácio do Planalto, após o ataque do Hamas. À época, a família tinha esperança de reencontrar Michel vivo.
Michel foi sequestrado quando buscava uma das netas
Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, Michel Nisenbaum morava em Sderot, a cerca de 1 km da Faixa de Gaza. O brasileiro de cidadania israelense vivia no país desde os 12 anos e trabalhava com tecnologia da informação. Foi sequestrado quando estava a caminho de uma base militar israelense para buscar uma das netas, de 4 anos, que estava na casa do pai, um militar.
A base militar fica na fronteira com Gaza. Michel teria sido capturado quando, ao sair de Sderot, se dirigia ao kibutz Re’im, onde a neta estava na casa do pai, que precisava sair para ir ao trabalho. Camuflada pelo pai com um casaco e distraída com um brinquedo durante os ataques no local, a menina sobreviveu à investida dos terroristas do Hamas.
Em 7 de outubro, os terroristas mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram 252 pessoas. Cerca de metade dos reféns foi liberada desde então, a maioria em trocas por prisioneiros palestinos mantidos por Israel durante um cessar-fogo de uma semana em novembro. Mas há ainda 121 reféns em Gaza.
Desde o ataque do Hamas, militares israelenses mataram ao menos 35.800 palestinos na contraofensiva.