A seleção brasileira inicia nesta sexta-feira, 14, a caminhada rumo ao nono título da Copa América. Em todas as outras quatro edições em casa (1919, 1922, 1948 e 1989), o time levantou o troféu que não conquista desde 2007. Estas circunstâncias, somadas à ausência do principal jogador do time, Neymar, cortado por lesão, colocam pressão no time dirigido por Tite, que enfrenta a Bolívia, no Morumbi, em São Paulo, a partir das 21h30. O jogo será transmitido em TV aberta, pela Rede Globo, e fechada, pelo SporTV.

O técnico Tite diz não temer que os efeitos de uma eventual derrota no torneio em casa. “A pressão é diária e me dá confiança. Ela transmite senso de equipe, esse é meu sentimento”, afirmou, em entrevista na véspera do jogo, no estádio do São Paulo. O treinador gaúcho disse se sentir respaldado pelas palavras do presidente da CBF, Rogério Caboclo, que garantiu que Tite seguirá no cargo até a Copa do Catar qualquer que seja o resultado no Brasil. ”O ciclo determinado pelo presidente da CBF é até 2022 e é a isso que eu me atenho.”

O volante Casemiro, revelado pelo São Paulo, disse ser uma honra retornar ao Morumbi e disse lidar bem com a responsabilidade de atuar no país. “O Brasil é favorito sempre que entra em uma competição, ainda mais em casa. Estamos prontos”, afirmou o jogador do Real Madrid. “Claro que há ansiedade, normal, sobretudo quando começa uma competição importante. É como o Tite sempre diz, temos de estar muito concentrados.”

Tite, que também persegue seu primeiro título pela seleção, confirmou na véspera que o time terá outro desfalque importante: o meio-campista Arthur, que se recupera de lesão sofrida no amistoso contra o Catar e ficará no banco. Em seu lugar, deve entrar Fernandinho. Na frente, Roberto Firmino ganhou a concorrência de Gabriel Jesus. A seu lado, jogarão dois jovens atacantes: David Neres e Richarlison, ambos de 22 anos.

Tite voltou a prestar apoio a Neymar, mas minimizou a ausência do craque. “Fala-se mais do Neymar aqui (na sala de imprensa) do que lá dentro do vestiário.” O técnico da equipe boliviana, Eduardo Villegas, também não vê desvantagem para o Brasil. “Defensivamente, Neymar é um jogador que não volta para marcar com frequência. Fico até mais preocupado porque o Brasil se torna um adversário mais compacto e organizado no setor defensivo”, disse o treinador.

O goleiro Carlos Lampe, que em 2017 brilhou em um empate em 0 a 0 em La Paz, concorda. “O Brasil tem um grande elenco. Poderia montar até três seleções fortes. Mas sem Neymar o Brasil toca mais a bola, envolve mais o adversário. Não sabemos mais por qual lado vai tentar chegar ao nosso gol”, comentou.

Depois do jogo contra a Bolívia, a seleção brasileira enfrentará na próxima terça-feira, 18, a Venezuela, na Arena Fonte Nova, em Salvador e fecha o Grupo A diante do Peru, no sábado 22, na Arena Corinthians, em São Paulo.

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