A iminente saída de Jorge Sampaoli tem sido assunto obrigatório durante as entrevistas coletivas realizadas na Cidade do Galo. Nesta sexta-feira (18), com a presença do capitão Réver, não seria diferente. Pelo contrário!

Um dos jogadores que mais atuou sob o comando do argentino, o “dono da braçadeira” foi perguntado sobre como vê a possibilidade de troca de comando. Para ele, nada a se comemorar.

“Se vier a concretizar, a gente vai sentir muito a perda do Sampaoli, porque implantou uma filosofia, uma maneira de jogar, um estilo de jogo que todo mundo cobra e ninguém quer pagar o preço. E ele acabou fazendo isso. Se vier a concretizar a saída, a gente vai sentir bastante a ausência dele. Mas a gente sabe que talvez possa ser o melhor para ele. Todo mundo tem que se sentir feliz, mas volto a afirmar: para a gente seria uma perda muito grande”, destacou o camisa 4.

Após o empate em 1 a 1 com o Bahia, que tirou as chances matemáticas de título, muitos torcedores acusaram jogadores de fazerem corpo mole para derrubarem o técnico; Réver foi um dos citados. Perguntado sobre isso durante a coletiva, o zagueiro se mostrou bastante revoltado com tais comentários.

“Difícil até te responder. Não é possível que isso venha a acontecer. A gente fica chateado também por tudo que gera, por todo burburinho que colocaram neste período após o jogo contra o Bahia. É inadmissível você ficar um certo tempo sem uma conquista para o clube e faltando tão pouco para você conquistar este objetivo, que não é só dos atletas, e sim de milhões de torcedores, de uma diretoria que não mediu esforços para que isso pudesse acontecer, e você escutar que jogador está deixando de correr por vaidade. Infelizmente, tem pessoas que querem aproveitar da situação, porque há duas semanas você não ouvia falar que jogadores estavam deixando de correr. Então, é inadmissível. E, pode ter certeza, se isso estivesse acontecendo, esse atleta seria cobrado de uma maneira muito ríspida, porque o que move o atleta são as conquistas”, respondeu.

“E você deixar de conquistar esse objetivo, que é o ápice da carreira de um jogador, é inadmissível, isso não aconteceu. É inverdade de pessoas de mau-caráter, posso dizer isso, porque meu nome esteve muito envolvido nisso aí. E eu nunca precisei estar envolvido nisso para chegar onde cheguei, muito pelo contrário, me dediquei e sempre corri atrás dos meus sonhos, dos meus objetivos, é uma pessoa de mau-caráter que faz isso. E não é torcedor do Atlético, porque o torcedor do Atlético verdadeiro não está dizendo isso. São muitos anos que o Atlético luta por esse título. Eu, particularmente, não me lembro do ano que o Atlético brigou do início ao fim e ficou entre os quatro na competição, que me lembro foi em 2012, posso estar errado. Aqui não vai faltar vontade de se dedicar e correr dentro de campo. A gente é profissional e, acima de tudo, tem caráter. Essas pessoas que falam isso não são pessoas de caráter”, finalizou o “Capitão América”.

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