Novo presidente do Cruzeiro, o advogado Sérgio Santos Rodrigues ainda não tomou posse para oficialmente ocupar a cadeira maior do clube. Entretanto, nos bastidores o novo gestor da Raposa trabalha para resolver grandes pendências, como as dívidas na Fifa e os salários atrasados. Mas há outros assuntos que também estão na pauta e em busca de resolução favorável. O imbróglio com o Mineirão é um deles.

Aproveitando que o América tem o Independência e o Atlético iniciou o projeto de seu estádio próprio, Sérgio Santos Rodrigues quer estreitar laços com a administradora do Gigante da Pampulha para ‘pintá-lo completamente de azul’ nos próximos anos.

“O Mineirão daqui três anos vamos pintá-lo de azul, o estádio será cruzeirense, não tenho dúvida nenhuma. A primeira vez que o Samuel Lloyd (Diretor do Mineirão) veio à sede do Cruzeiro foi com meu convite ainda na gestão do presidente Gilvan para tentarmos um acordo, acabamos não conseguindo, mas sempre tive uma boa relação com ele. Na minha campanha ainda em 2017 eu procurei o Samuel (Lloyd) para entender o contrato (do Cruzeiro com a Minas Arena) e entendi bem. Agora eu já me reuni com ele, mesmo antes da posse, e nossos departamentos, marketing e comercial, estão conversando com ele, e caminhamos para isso”, garantiu o advogado.

Na visão do novo presidente do Cruzeiro a relação dos outros clubes de Belo Horizonte com a cidade farão o Cruzeiro ter forte barganha para negociar com o estádio, que pode se tornar, quem sabe, de vez à Toca III.

“O Mineirão precisa do Cruzeiro, o Cruzeiro precisa do Mineirão. É uma relação de ganha, ganha que a gente quer construir, como fazemos com nossos patrocinadores. Temos que buscar ser bom para nós e bom para eles” opinou o novo presidente, eleito para o “mandato tampão” de sete meses e que tentará se manter no cargo por mais três anos no triênio 2021/2023.

Justiça

Cruzeiro e Minas Arena discutem na Justiça várias ações, sendo que a administradora do Mineirão cobra do clube reembolso de despesas de partidas que o clube não repassou pagamentos à empresa. Há ações no valor de R$ 12 milhões referentes ao período entre 2013 e 2015, discussão sobre inadimplência entre os anos de 2016 e 2017, com mais R$ 12 milhões sendo cobrados. Todos esses imbróglios envolvendo à administração Gilvan de Pinho Tavares no clube celeste.

Em 2016 a Justiça determinou bloqueios de 25% de toda a renda líquida de jogos do Cruzeiro e que esse valor fosse depositado em conta judicial. No total a Raposa deve mais de R$ 26 milhões à administradora do Gigante da Pampulha, uma vez que Wagner Pires de Sá, presidente acusado de inúmeras irregularidades entre 2018 e 2019, também deixou de fazer pagamentos na casa dos R$ 2 milhões.

Esses são os problemas que o novo presidente Sérgio Santos Rodrigues precisará resolver antes de “fixar residência do Cruzeiro” da forma como espera no estádio. 
“Os imbróglios certamente serão resolvidos naturalmente a partir do momento em que fizermos os acordos que caminham em passos largos para acontecer”, garantiu Sérgio Santos Rodrigues.

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