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O maior desafio da Conmebol após realizar o sorteio dos grupos da Copa Libertadores da América é resgatar a seriedade da competição, arranhada pela enorme confusão e transferência de local da decisão entre River Plate e Boca Juniors. 2018 foi um ano de grandes lambanças na Libertadores. Regras não foram cumpridas por treinadores, a arbitragem deixou a desejar, a organização fez vistas grossas à escalação de alguns jogadores irregulares. Houve muito mais problemas. Portanto, mais do que organizar os grupos e blindar os torcedores dos clubes envolvidos com o caminho de suas equipes, é preciso dar respeito a esses times, de qualquer nacionalidade, e a seus seguidores, de modo a fazer uma competição mais justa e transparente. Tudo o que a Conmebol não fez sobretudo na edição vencida pelo River Plate.

Para tanto, abriu os cofres e aumentou a premiação. O campeão vai levar US$ 12 milhões, perto dos R$ 50 milhões. Nada mal, de fato. Mas não pode ser só isso. O dinheiro ajuda, mas os times brasileiros precisam se dar ao respeito, peitar a entidade por meio da CBF, cujo presidente Rogério Caboclo assumirá em abril, oficialmente. Há quem diga que ele já decide tudo na entidade que tinha Marco Polo del Nero no comando (banido do futebol por corrupção). Os clubes brasileiros são fortes. Sem eles, a Libertadores naufraga. É preciso saber disso e levar isso à sério.

O que vimos na cerimônia do sorteio dos grupos foi muita pompa, muitas gentilezas e, aparentemente, todo mundo muito feliz. Não é esse o cenário da competição, tampouco o legado da edição da Libertadores deste ano. É preciso ter um pedido formal de desculpas por tudo o que houve. Era preciso mostrar mãos mais firmes contra os contraventores do futebol, dentro ou fora de campo. É isso que todos vão cobrar em 2019.

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