O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, recebeu, no sábado (19), o Grand Prix de Judô Paralímpico, primeiro evento nacional da modalidade sob as novas regras da Federação Internacional de Esportes para Cegos (Ibsa, na sigla em inglês). O torneio reuniu 117 atletas do país, alguns deles medalhistas e campeões paralímpicos.

A partir de agora, judocas totalmente cegos passam a competir separados daqueles com baixa visão. Até a Paralimpíada de Tóquio (Japão), no ano passado, todos lutavam juntos, independente da classificação oftalmológica. Em contrapartida, o número de categorias de peso diminuiu de 13 (sete no masculino e seis no feminino) para oito (quatro por gênero).

“Posso dizer que fui privilegiada, já que a [categoria até] 57 quilos foi mantida. É bom termos mais atletas no peso, mas é ruim perder categorias”, analisou Lúcia Teixeira, dona de três medalhas paralímpicas (duas pratas e um bronze) e campeã do evento na nova classe J2 (baixa visão).

“Um [judoca] com baixa visão consegue identificar nosso pé, nossa passada, a troca da pegada [no quimono]. Então, a gente ficava na desvantagem. Agora, lutando cego contra cego, fica mais fácil”, complementou José Luiz Menezes, atleta da categoria até 60 quilos da classe J1 (cego total).

Tetracampeão paralímpico, Antônio Tenório competia na categoria até cem quilos (meio-pesado), que deixou de existir. O experiente judoca de 51 anos passou a lutar entre atletas acima de 90 quilos (pesado) da classe J1.

No Grand Prix, ele enfrentou Williams Araújo, medalhista de prata na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, na antiga categoria dos pesados (acima de cem quilos). Williams levou a melhor no duelo histórico, ficando posteriormente com o título. Tenório acabou em terceiro.

fonte: Agência Brasil

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