Poderia ter sido o jogo do título ou, ao menos, o do acesso à Série A do Brasileiro. Utopia! O triunfo por 2 a 1 em cima do Operário-PR, no Independência, nessa quarta-feira (20), ganhou outra conotação, por conta da incompetência da diretoria do Cruzeiro no planejamento da temporada, aliada, obviamente, à crise sem precedentes impregnada na Toca. No fim das contas, a Raposa teve que se contentar por não correr mais riscos, matematicamente, de ser rebaixada para a Terceira Divisão.

Os gols de Rafael Sóbis e William Pottker, graças a duas assistências do zagueiro Manoel – a primeira com um toque de sorte, é verdade – consolidaram o triunfo que mantém o centenário clube na Segundona. Ricardo Bueno descontou para o Operário, prejudicado por ter tido um gol, anotado por Pedro Ken, mal anulado pela arbitragem, quando a partida estava empatada em 1 a 1.

No fim do duelo, jogadores e membros da comissão técnica do Operário, revoltados com a atuação da arbitragem, foram para cima do juiz e de seus auxiliares.

Com o Cruzeiro chegando aos 47 pontos, Felipão, enfim, alcançou o tão sonhado “primeiro objetivo” para a agremiação, o de não se rebaixada. Daqui para frente, o clube precisa definir um plano eficaz para não repetir humilhações semelhantes às de 2019, 2020 e do começo de 2021.

Garantido na próxima Série B, o time celeste volta a campo no domingo (24), às 16h, novamente no Horto, contra o Náutico, pela 37ª rodada.

CRUZEIRO 2 X 1 OPERÁRIO-PR
Motivo
: 36ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte
Arbitragem: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (PB), auxiliado por Clóvis Amaral da Silva (PE) e Thiago Gomes Magalhães (RJ)
Cartões amarelos: Machado (Cruzeiro); Reniê, Pedro Ken, Ricardo Bueno, Jean Carlo, Leandro Vilela e Alex Silva (Operário)
Cartões vermelhos: Jorge Jiménez e Diego Cardoso (Operário)
Gols: Rafael Sóbis aos 31 minutos do primeiro tempo; Ricardo Buenos aos 9 e William Pottker aos 30 do segundo tempo

CRUZEIRO
Fábio; Cáceres, Manoel, Ramon e Matheus Pereira; Adriano, Machado (Cacá) e Giovanni (Jadson); Airton, William Pottker e Rafael Sóbis (Welinton)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

OPERÁRIO-PR
Martín Rodríguez; Alex Silva, Reniê, Ricardo Silva e Fabiano (Diego Cardoso); Pedro Ken (Thomaz), Leandro Vilela (Schumacher), Jean Carlo e Marcelo; Ricardo Bueno e Rafael Oller (Maranhão)
Técnico: Matheus Costa

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