Foto: Pedro Souza / Atlético

Há exatos dez dias, Cuca se apresentava pela primeira vez ao atual elenco atleticano, e de lá para cá não foi feita uma contratação sequer. Mas tem fácil explicação. Nessa quinta-feira (25), data da celebração dos 113 anos do Galo, o presidente do clube, Sérgio Coelho, em entrevista ao 98 Esportes, disse que os reforços serão pontuais e sem pressa nas negociações. Sem contar que o treinador admite que já tem um plantel de altíssimo nível, em um cenário muito diferente do que estava habituado em 2020, na Vila Belmiro. 

No ano passado, Cuca precisou contornar vários problemas no Santos, como carências na equipe e o período em que o Peixe não tinha recursos nem autorização da Fifa para angariar novos nomes a seu grupo de jogadores. Isso sem contar que no fim da temporada, destaques como Pituca e Lucas Veríssimo seriam vendidos a Kashima Antlers e Benfica, respectivamente. Mesmo assim, conseguiu o feito de levar o time à decisão da Libertadores – acabou perdendo o título para o Palmeiras.

Ao deixar o Santos e, em seguida, acertar com o Atlético, tudo mudou. Da carência, o técnico encontrou a fartura. Tanto que o discurso em sua entrevista coletiva de retorno ao Galo foi de que a busca por reforços não era uma prioridade a curto prazo.

“Aprendi que em casa pode haver coisas que a gente procura fora. Não adianta dizer que precisa disso ou daquilo; tem que ter coerência e entendimento, deixar os jogadores mostrarem seu potencial. Às vezes, não conseguem com um treinador, mas conseguem ter uma demonstração maior com outro. Então temos que dar tempo a eles para mostrarem potencial e ver se há a necessidade de alguma contratação ou não”, ressaltou.

E, ciente do que tem à disposição na Cidade do Galo, prometeu definir o quanto antes um time-base, visando à Libertadores. “Pretendo num curto tempo poder avaliar grande parte do elenco, definir um time titular, definir quem luta com quem e pelo que… O jogador precisa disso. E com o tempo eles (atletas) serão os próprios fiscais do dia a dia. Sempre me comprometo em cada clube que passo. E vou colocar em campo aqueles com desempenho melhor nos treinos e nos jogos”, comentou.

Verdade seja dita, as chances de ele conquistar algo grande novamente na carreira são proporcionais à sua responsabilidade. Isso porque, se com um time sem tantas peças como o Santos ele chegou a uma final de Liberta, com um elenco que tem Alonso, Keno, Hulk, Nacho, Arana, Rafael e tantos outros atletas de qualidade, a pressão se torna muito maior. Cardápio tem; fome, idem. Só falta saciar a Massa.

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