Os 14 gols pelo Santos na Série A do ano passado, sob o comando de Jorge Samapoli, já atuando como o homem de referência do ataque, com certeza tiveram influência na vinda de Eduardo Sasha para a Cidade do Galo. Afinal de contas, na principal competição de clubes do país em 2019, só Bruno Henrique e Gabriel, do Flamengo, balançaram a rede mais vezes do que ele.

E o que permitiu a sequência de Sasha na função de centroavante, que ele nunca tinha exercido antes, foi com certeza seu bom desempenho inicial, pois dos 14 gols marcados por ele no Brasileirão do ano passado, sete, exatamente a metade, aconteceram nos primeiros 13 jogos, média de 0,53.

No próximo sábado, o camisa 18 do time de Jorge Sampaoli completa 13 partidas pelo Atlético na Série A do Campeonato Brasileiro diante do Sport, às 21h, no Mineirão. Até agora, em 12 jogos, ele tem dois gols na competição, média de 0,16.

No Peixe, no ano passado, nos 12 primeiros confrontos ele tinha balançado a rede adversária seis vezes, média de 0,50.

Solução e problema

A entrada de Sasha resolveu um problema que o Atlético de Sampaoli carregava que era a falta de gols dos atacantes. Nas 12 partidas em que ele comandou o ataque alvinegro, o time marcou 24 gols, e 14 deles (58,3%) foram dos homens de frente, um número razoável, principalmente se for considerado o papel exercido pelos meias e laterais no esquema do treinador argentino.

Por outro lado, a divisão dos gols prova que o desempenho de Eduardo Sasha, que é o homem de área do Atlético, é baixo. E esta é uma questão que precisa ser resolvida, principalmente em jogos como a da última segunda-feira, quando o Atlético dominou toda a primeira etapa do jogo contra o Bahia, a bola cruzou a área adversária por diversas vezes, apenas uma foi parar na rede baiana e, no segundo tempo, o Tricolor chegou à virada fazendo 3 a 1.

Nos 12 jogos em que teve Sasha neste Brasileirão, o Galo passou a ter um Keno artilheiro. O camisa 11 disputou o mesmo número de jogos do companheiro e marcou oito gols, média de 0,66, com dois hat-tricks seguidos, sobre Atlético-GO e Grêmio.

O ataque titular do time de Sampaoli já é uma realidade, apesar de todas as mudanças que ele costuma promover na equipe. E além de Sasha e Keno, conta ainda com o venezuelano Savarino.

Por defender a seleção do seu país em jogos das Eliminatórias, ele tem três jogos a menos que os companheiros de trio, desde a estreia de Sasha no Brasileirão, mas nas nove vezes que entrou em campo, marcou três gols, média de 0,33.

Os dois gols marcados por Eduardo Sasha neste Brasileirão dão a ele a média de 0,16, a metade do que tem Savarino e cinco vezes menos que Keno.

Os jogos provam que a maneira de jogar do Atlético de Sampaoli é diferente e que dificilmente um centroavante tradicional, trombador, se encaixaria nela. Mas os números mostram que o Galo precisa ter dentro da área alguém que mande a bola para a rede adversária.

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