Depois de quase 20 dias de competição e 56 jogos disputados, já estão definidas as quartas de final da Copa do Mundo, que começam na próxima sexta-feira (9) com os duelos entre Brasil e Croácia e entre Argentina e Holanda, com os sul-americanos tentando romper o domínio europeu nas últimas edições do torneio, enquanto do outro lado da chave a surpresa Marrocos quer continuar fazendo história.
Entre as oito melhores seleções do Mundial estão todas as que partiram como favoritas nas oitavas de final… exceto a Espanha.

A ‘Roja’ se despediu após cair nos pênaltis para o Marrocos, que igualou Camarões (1990), Senegal (2002) e Gana (2010) como as únicas equipes africanas a chegarem às quartas de final da Copa do Mundo. Nenhuma delas conseguiu avançar às semifinais, por isso os ‘Leões do Atlas’ têm uma grande chance de fazer história.

Seu próximo adversário será Portugal (sábado, às 12h00 de Brasília), que atropelou a Suíça nas oitavas (6 a 1), apesar de o treinador português ter deixado no banco o astro Cristiano Ronaldo, após o atacante reagir mal quando foi substituído no último jogo da fase de grupos, contra a Coreia do Sul.

Seu substituto, o jovem atacante do Benfica Gonçalo Ramos (21 anos), respondeu marcando três gols contra os suíços. Até sábado, uma das grandes questões para Santos será decidir se mantém Cristiano no banco e pensar na reação do jogador, que ainda está sem clube, após rescindir seu contrato com o Manchester United.

Neymar e Messi liderando os sul-americanos

Um dia antes, entrarão em campo as duas grandes potências sul-americanas, as únicas, a priori, capazes de dar fim ao domínio da Europa, que ganhou os últimos quatro Mundiais. Primeiro, será a vez do Brasil medir forças com a Croácia no estádio Cidade da Educação, às 12h00.
A Seleção Brasileira chega motivada após a grande exibição na goleada sobre a Coreia do Sul (4 a 1) e com Neymar recuperado da lesão no tornozelo direito que o tirou dos dois últimos jogos da fase de grupos.

No caminho dos comandados de Tite estará uma Croácia tão veterana (ainda liderada pelo experiente Luka Modric, de 37 anos) quanto acostumada a sofrer. Nas últimas quatro grandes competições (Copa do Mundo e Eurocopa), os croatas disputaram sete jogos eliminatórios e em apenas um deles não teve que ir para a prorrogação (na derrota por 4 a 2 na final do Mundial de 2018, contra a França).

Outra equipe que se acostumou a sofrer nesta Copa é a Argentina. Desde a surpreendente derrota na estreia para a Arábia Saudita (2 a 1), a ‘Albiceleste’ só jogou “finais” e até o momento venceu todas graças à inspiração do capitão Lionel Messi e ao suporte de jogadores que, a princípio, não teriam protagonismo, como Julián Álvarez, Enzo Fernández e o goleiro Emiliano Martínez.

Os argentinos enfrentarão nas quartas a Holanda, no estádio Lusail, às 16h00, no primeiro grande clássico deste Mundial do Catar.
O histórico do confronto tem momentos inesquecíveis, como a final de 1978, que terminou com a vitória da Argentina em casa, e o duelo pelas quartas em 1998, vencido pelos holandeses.
No último encontro, em 2014, a ‘Albiceleste’ eliminou nos pênaltis a ‘Laranja Mecânica’ nas semifinais.

França e Inglaterra ao ataque 

Já no próximo sábado, às 16h00, França e Inglaterra se enfrentam no estádio Al-Bayt por uma vaga nas semis, num duelo entre duas equipes que mostraram grande poderio ofensivo no torneio, mas algumas fragilidades na defesa.

Será outra boa oportunidade para acompanhar de perto Kylian Mbappé, que comandou os ‘Bleus’ contra a Polônia nas oitavas (dois gols e uma assistência na vitória por 3 a 1) e é o artilheiro do Mundial com cinco gols.
“A Copa do Mundo é uma obsessão, é a competição dos meus sonhos”, declarou o camisa 10 francês após a vitória sobre os poloneses.
Mas o time do técnico Didier Deschamps não se limita só a Mbappé. Apesar de ter perdido peças importantes antes do torneio, como Paul Pogba, N’Golo Kanté e Karim Benzema, seus substitutos responderam até agora com grandes atuações.

Aurélien Tchouameni e Adrien Rabiot se tornaram a espinha dorsal que dão equilíbrio ao sistema de Deschamps, que escala Antoine Griezmann como meia, Mbappé e Ousmane Dembelé nas pontas e Olivier Giroud, que se tornou o maior artilheiro da história da seleção francesa, no comando do ataque.
Por sua vez, o time da Inglaterra também mostra qualidade no setor ofensivo, com o capitão Harry Kane muito bem acompanhado por jovens talentosos como Saka, Bellingham, Foden, Rashford, Mount e Grealish.
As quartas de final no Catar prometem suspense e fortes emoções. (AFP)

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