Comércio de Ipatinga - Foto: Paulo Sérgio de Oliveira

O comércio varejista é um importante termômetro, pois indica a circulação de dinheiro na economia. Em divulgação recente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou dados da Pesquisa Mensal de Comércio, que apontam uma recuperação do comércio varejista no mês de agosto de 2018. Comparado a julho deste mesmo ano, houve uma elevação de 1,3%, índice bem próximo do registrado em abril, mês anterior à greve dos caminhoneiros.

A gerente da pesquisa, Isabela Nunes, explica que mesmo com os resultados positivos, o comércio ainda está bem abaixo de seu melhor momento na série histórica da pesquisa. “Os resultados para todas as atividades são positivos, menos em livros, jornais, revistas e papelaria. Esse grupo vem caindo desde maio. A alta do comércio varejista foi apoiado nos crescimentos em todas as atividades. Em maio, tivemos -1,2%, resultado bastante negativo influenciado pela greve dos caminhoneiros. Depois, tivemos quase uma estabilidade em junho e julho, quando o setor estava ajustando seus estoques após a greve. O que chama atenção é o crescimento de 5,6% em tecidos, vestuários e calçados. As promoções do setor se concentram em agosto, sazonalidade que ajudou esse grupo”, completou.

Já o comércio varejista ampliado cresceu 4,1% e superou o patamar anterior à greve dos caminhoneiros. “A alta na venda de veículos (5,4%) contribuiu para a recuperação do varejo ampliado, que superou o patamar de abril. Essa atividade teve grande influência, impulsionada por uma melhora no financiamento de veículos, com parcelas mais longas, além do aumento na ocupação”, analisa Isabela.

Quando comparado a outubro de 2014, o comércio varejista registra um queda de 6,4%, e 0,2% abaixo de abril deste ano. No ampliado, a distância era de -11,3% em abril e agora está em -10,1%. Isso com influência, principalmente, de veículos e materiais de construção.

Segundo a gerente da pesquisa, os resultados positivos devem-se a diversos fatores. “Agosto teve uma redução da taxa de desocupação e aumento da população ocupada. As baixas temperaturas de agosto estimulam algumas atividades. O pagamento do PIS/PASEP também ajudou. São coisas que ajudam a compreender esse resultado positivo”, concluiu.

Com informações do IBGE

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