Segundo o Shopping Vale do Aço, na sexta-feira (14), foi enviado um ofício ao Centro de Operações Especiais em Saúde (COES) para que os indicadores de Ipatinga a respeito da covid-19 sejam considerados isoladamente e não em conjunto com a macrorregião de saúde. O objetivo é que Ipatinga seja enquadrada na onda amarela do Minas Consciente, o que permitiria a abertura dos serviços não essenciais para todo o comércio da cidade, incluindo o shopping.

Atualmente o Programa classifica as ondas de retomada por macrorregião. A do Vale do Aço engloba 33 cidades e está classificada no momento na onda vermelha, que permite a abertura só dos estabelecimentos de serviços essenciais. Por isso, Ipatinga optou em não fazer adesão ao programa, e sim seguir a Deliberação 17.

Na quinta-feira (13), foi realizada a terceira audiência de conciliação entre representantes do Ministério Público, Prefeitura de Ipatinga, Sindcomércio e Intermall, sobre a reabertura do Shopping Vale do Aço, onde se discutiu a necessidade da adesão do Município ao plano Minas Consciente. Segundo o Shopping Vale do Aço, a prefeitura se comprometeu a aderir ao programa caso Ipatinga se enquadre na onda amarela. Para isso, o município, a Intermall e Sindcomércio assinaram o ofício que foi enviado ao comitê gestor de crise responsável pelo Minas Consciente.

O Ministério Público se comprometeu a encaminhar e mediar o pedido da análise isolada da cidade de Ipatinga e ajudar o Shopping Vale do Aço à retomada das atividades, uma vez que não compete ao órgão a determinação da flexibilização para funcionamento do empreendimento.

Minas Consciente

O “Minas Consciente”, programa criado pelo governo estadual, prevê a retomada gradual das atividades comerciais e industriais que foram suspensas por causa da pandemia do coronavírus. O plano setoriza as atividades econômicas em três “ondas”: onda vermelha, permite a abertura dos serviços essenciais; onda amarela, permite a abertura dos serviços não essenciais; e onda verde, que permite a abertura dos serviços não essenciais com alto risco de contágio. Tal classificação é embasada em critérios e dados epidemiológicos a partir de um monitoramento constante da situação pandêmica e da capacidade assistencial do Município.

Neste contexto, são considerados como atividades essenciais: o comércio de tecidos e artigo de cama, mesa e banho; telefonia incluindo a comercialização de aparelhos e acessórios; cosméticos e perfumaria; alimentação – nesse caso, o que não pode é o consumo interno, os clientes podem buscar e consumir em casa – entre outros. Segundo Rafael Martinez, gerente geral do Shopping Vale do Aço, nesse modelo já seriam permitidos a retomada de 49 operações. Já na onda amarela, todos os seguimentos do shopping poderiam ser retomados com exceção do cinema, teatro e atividades infantis, conclui Rafael.

As ‘ondas’ preveem uma lógica gradual e sequencial de abertura, para que a retomada se dê em forma progressiva, observando o quadro epidemiológico. Assim, a partir dos indicadores será possível identificar o momento de progredir a uma nova onda, manter a onda atual ou retroceder a uma situação anterior, caso os dados e a tendência local sejam de agravamento.

Diversas cidades de grande porte que aderiram ao Minas Consciente já progrediram de fase, como é o caso de Governador Valadares, que já está na onda amarela podendo retomar o funcionamento das atividades não essenciais.

Shoppings Centers em Minas Gerais

Em Minas Gerais, todos os shoppings do estado estão abertos (42), com a exceção do Shopping Vale do Aço. Mesmo em cidades não aderentes ao Minas Consciente, como é o caso de Belo Horizonte, os shoppings seguem funcionando por efeito de decreto municipal, assim como Araxá, Montes Claros e Varginha que já estavam abertos a mais tempo.

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