Condutores e pedestres enfrentam um problema na rua Carlos Chagas, no bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso. É que parte do asfalto da via começou a ceder. Meio-fios e algumas bases de contenções já estão bem comprometidos.

Segundo relatos de moradores e motoristas, é preciso ter bastante cautela ao passar pelo local. Eles disseram que se vier dois carros ao mesmo tempo, um tem de parar para outro outro passar: tudo isso para não correr o risco de cair na ribanceira, de aproximadamente 70 metros. Os populares contaram ao ZUG que o problema é antigo, mas devido as últimas chuvas que caíram na cidade, o caso se agravou.

Duas bases de meio-fio e dois tambores foram colocados no trecho para sinalizar aos motoristas sobre o problema. Conforme os moradores, por diversas vezes, a Prefeitura de Santana do Paraíso foi informada acerca do problema, mas nenhuma solução foi tomada.

A Prefeitura disse, por meio de nota, “que a Secretaria de Obras está fazendo levantamento dos estragos causados pelas chuvas para a tomada de providências. E a situação citada está dentre elas. Vai ser feita sinalização no local e a rua será apenas mão única. No local, precisa ser feito obra de contenção, mas no momento ainda não é possível”.

CIDADE DECRETA ESTADO DE EMERGÊNCIA

A prefeita de Santana do Paraíso, Luzia de Melo, decretou na última segunda-feira (27), situação de emergência em decorrência das chuvas que atingiram a cidade. Inundações e deslizamento de taludes ocorreram em áreas urbanas e rurais, precisamente nos bairros Águas Claras; Ipaba do Paraíso, (urbano e rural); Residencial Paraíso; São José, Centro; Vale do Paraíso; Industrial; Jardim Vitória; Parque Caravelas e Cidade Nova. Na ocasião, córregos transbordaram e inundaram residências.

Várias famílias perderam tudo e tiveram de ser abrigadas em unidades escolares do município. Por causa das chuvas, muros de arrimo caíram, vias ficaram bloqueadas, pavimentos danificados e demais danos.

No bairro Ipaba do Paraíso, por orientação da Defesa Civil, as famílias que moram nas proximidades do Rio Doce, deixaram suas casas indo para as residências de amigos ou parentes.

No bairro Águas Claras, três famílias foram alojadas na Escola Municipal Idalino Amâncio dos Santos, onde receberam todo apoio necessário, assistidas pelos técnicos da Assistência Social. Outras famílias deixaram as casas e foram para as residências de parentes ou amigos.

Segundo dados da Defesa Civil e Assistência Social, 55 famílias foram atingidas, num total de 150 pessoas sendo, 45 adolescentes, quatro idosos e 98 adultos com uma morte. Ocorrências de menor gravidade atendidas com lonas ou orientações foram 16. O número de desabrigados chegou a cinco, com 15 desalojados. 15 famílias perderam parte dos móveis e 05 famílias perderam todos os móveis.

O QUE MUDA COM O DECRETO?

Com o decreto de situação de emergência, o município fica autorizado a convocar voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Defesa Civil.

Exclusivamente, para fins citados no documento, a administração fica dispensada de licitação para os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos.

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