(Foto: Divulgação)

Coordenado pela Universidade Federal de Pelotas, trabalho é financiado pelo Ministério da Saúde. Moradores de residências sorteadas devem responder a questionário e também passarão por testes rápidos.

Terá início nesta sexta-feira (5), em Ipatinga, a segunda fase da pesquisa coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), que busca entender a propagação e velocidade da Covid-19 no Brasil. O estudo vem sendo realizado em algumas cidades do país. Na tarde desta quarta-feira (3), um representante do Ibope esteve em reunião na Secretaria Municipal de Saúde para alinhar como será feito o trabalho.

Realizada por uma equipe do instituto Ibope, a pesquisa é financiada pelo Ministério da Saúde. Toda a ação deve ser desenvolvida em três dias.

Na primeira fase da pesquisa, que aconteceu em meados do mês de maio, a Prefeitura de Ipatinga não recebeu nenhum tipo de comunicado por parte das intuições envolvidas no estudo acerca da realização. Essa falta de comunicação acabou atrasando o andamento do trabalho no município.

“É importante que fique claro que o município de Ipatinga não tem a intenção de dificultar em nenhum momento o trabalho dos profissionais e, muito menos, o andamento da pesquisa. Pelo contrário. Esse estudo é muito importante para a cidade e para todo país. Porém, eles cometeram um erro no primeiro momento, ao não notificar o município. Quando chegaram aqui, a Administração municipal não sabia exatamente do que se tratava. Diante desse fato, primeiro fomos buscar informações a respeito”, explicou a secretária de Saúde, Érica Dias.

A titular da pasta de Saúde ainda esclarece que caso o Governo tivesse sido informado com antecedência acerca da pesquisa teria evitado desgastes inclusive com a própria população.

“Sem conhecimento da realização do trabalho, não foi possível comunicar à população. Com isso, muitos pesquisadores, ao se lançarem em campo, acabaram não sendo bem recebidos pela comunidade. Nestas condições, entendemos perfeitamente o receio que muitos tiveram. Por se tratar de algo tão novo como o coronavírus, a testagem em casa, por profissionais que não são da prefeitura, naturalmente gera alguma estranheza. Mas queremos acreditar que nesta segunda fase as coisas serão diferentes. Fizemos um alinhamento com os representantes das pesquisas, justamente para eliminar qualquer tipo de ruído e permitir que eles façam o trabalho da melhor maneira possível”, finalizou a secretária de Saúde.

Pesquisa

O levantamento será feito com aproximadamente 250 pessoas, moradoras de Ipatinga escolhidas aleatoriamente, que serão testadas (por testes rápidos) e devem responder a um questionário. O objetivo principal é estimar a proporção de casos de infecção pelo coronavírus na cidade, incluindo pessoas assintomáticas, e conhecer a velocidade da propagação da doença. Com isso, será possível a elaboração de estratégias de saúde pública para o enfrentamento da Covid-19.

A pesquisa se dá em três fases. A primeira, já realizada; a segunda, prevista para o início de junho, e em seguida, em um intervalo de 15 dias, a finalização.

O teste, de fácil aplicação, utiliza uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, que é analisada num aparelho em poucos minutos. Enquanto o resultado é processado, os entrevistadores aplicam um breve questionário sobre informações sociodemográficas básicas, sintomas da Covid-19 nas últimas semanas, busca por assistência médica e rotina da família em relação às medidas de prevenção e isolamento social.

O teste detecta a presença de anticorpos, as imunoglobulinas IgM e IgG, que são defesas produzidas pelo organismo somente depois de sete a dez dias da data de contágio pelo vírus. Dentro desse período, o resultado pode apontar negativo, mesmo que a pessoa tenha contraído o coronavírus.

Em caso de resultado positivo, os participantes recebem um informativo com orientações e, em seguida, serão contatados pela Secretaria de Saúde de Ipatinga.

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