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PolíticaFernando CollorDe tornozeleira eletrônica, Collor deixa presídio em Maceió para cumprir prisão domiciliar

De tornozeleira eletrônica, Collor deixa presídio em Maceió para cumprir prisão domiciliar

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, concedeu o benefício ao ex-presidente, que alegou problemas graves de saúde

BRASÍLIA – Preso desde o último dia 25, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso deixou nesta quinta-feira (1º) o presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL). Ele vai cumprir prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A saída aconteceu por volta das 19h.

A medida foi concedida a pedido da defesa do ex-presidente, com aval da Procuradoria-Geral da República. No pedido, os advogados argumentam que o político sofre de doenças que impedem sua permanência no presídio estadual em Alagoas, onde estava detido.

No local, tiveram que desocupar a sala do diretor e adaptá-la para receber Collor, já que o espaço conta com ar-condicionado e banheiro.

Na decisão desta quinta-feira, Moraes determinou medidas restritivas como o uso de tornozeleira eletrônica, apreensão de passaporte e visitação restrita aos advogados.

Collor foi condenado a oito anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato.

Na quarta-feira (30), a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favoravelmente ao pedido da defesa. No documento enviado ao Supremo, a PGR destacou a idade avançada do ex-presidente e a gravidade do seu estado de saúde como fundamentos para a prisão domiciliar.

Os advogados pediram ao Supremo que o ex-presidente fosse transferido para prisão domiciliar por ser idoso (75 anos) e fazer tratamento para as doenças de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. No entanto, Collor afirmou, em sua audiência de custódia, que não tem nenhum problema de saúde.

Em seu despacho no dia 29, Alexandre de Moraes determinou a apresentação de novos exames e laudos sobre o diagnóstico e tratamento da doença de Parkinson.

Collor foi preso por agentes da Polícia Federal (PF) na madrugada de sexta-feira (25), em Maceió. Ele foi detido no aeroporto da capital alagoana, no momento em que ele tentava embarcar para Brasília.

Segundo a defesa, o ex-presidente estava a caminho da capital federal para se apresentar voluntariamente às autoridades. O ex-presidente foi condenado pelo STF em maio de 2023 a pena de oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi implicado em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, hoje chamada Vibra, que é um braço da Petrobras.

Na ação, ficou comprovado que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

A vantagem recebida foi em troca de apoio político para a indicação e manutenção de diretores da estatal. Em novembro de 2024, a defesa teve o primeiro recurso negado no Supremo, e, na segunda-feira (28), a decisão foi referendada pelo plenário da Corte – leia mais abaixo.

Plenário do STF mantém prisão de Collor

Com seis votos a favor e quatro contrários, o plenário do Supremo referendou, na noite de segunda-feira (28), a decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão do ex-presidente Fernando Collor.

Acompanharam o voto de Moraes os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Flávio Dino e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Divergiram André Mendonça, Luiz Fux, Nunes Marques e Gilmar Mendes, que defenderam a revogação da prisão. O ministro Cristiano Zanin não participou do julgamento por razões de impedimento.

Os quatro divergentes alegaram que o recurso apresentado pela defesa de Collor tinha amparo no Regimento Interno do STF e deveria ser aceito. A ordem de prisão foi determinada por Moraes na última quinta-feira (24), após a rejeição de um segundo recurso dos advogados.

No recurso, a defesa pedia que fosse considerada a pena mais branda sugerida por quatro ministros que, à época da condenação, votaram por punições menores – os mesmos que agora se manifestaram contra a prisão.

Moraes rejeitou o pedido, alegando que esse tipo de medida só se aplica quando pelo menos quatro ministros votam pela absolvição total, o que não ocorreu, nem mesmo ao se analisarem os crimes separadamente.

Para o relator, a defesa tentou apenas adiar o cumprimento da pena, sem apresentar novos argumentos. Embora o julgamento tenha começado na sexta-feira (25), ele foi interrompido após um pedido de destaque feito por Gilmar Mendes, o que levaria a discussão ao plenário físico.

Sem previsão de retomada, Gilmar recuou do pedido, e o processo prosseguiu no plenário virtual. Ainda na sexta-feira, seis ministros apresentaram seus votos antecipadamente, o que já havia garantido a maioria necessária para manter a prisão do ex-presidente.

 

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